16.8.06

O rengo e o sentir

vinha ele rengueando
caiu novamente no último puxão
serrou os olhos e impôs as mãos
quando nele porias as tuas

me veio sem cerimônia nem roteiro
escrevera a mais doce das investidas
entreteve-me com o teu beijo
deixou-nos encantados

ainda tive a sentatez insipiente da esquiva
mas cairia novamente
e em lençóis cheirosos
macios, delicados...

tatame celeste
onde jazemos nossos corpos
vulneráveis procurando abrigo
contrariando o maldito medo
dispostos a sofrer do mal do rengo

só o letreiro viu
o que nem a cortina censuraria
nem por nada confesso
o que a gente sentiu...

Nenhum comentário: