Eu agora nem pensava em escrever... e geralmente é assim.
O cérebro quase sempre é coadjuvante, assim como as mãos... eles só participam.
Não mandam nada.
Quem quer, reclama, lateja (e irrita às vezes) é o coração mesmo...
Hoje ele indagava sobre os gestos. Aqueles que só os mortos não sentem mais. Digo a parte material de quem já foi-se. Me perguntou por quês que eu não sabia responder. tudo tem dois lados... o meu lado eu sei descrever, mas não sei contar a outra parte da história. Seria patético querer ser perfeito. Mas muito justo querer fazer de tudo por quem se ama. Não há esforço em dar a vida. É investimento fazer o impossível, mover montanhas, dar de si...
Quer saber o que é duro? O silêncio... salvo, é claro, quando o contexto pede... duro é "outro", é "eu também". É o possível ser limitado. Os monossílabos. Duro não é ter medo. Duro é quando ele sobressai-se... duro é notar que a consideraçao fica do lado de quem mal conhecemos, e não do lado de quem se ama... duro é o protocolo (que não está escrito em lugar algum)... é deixar prá quando eu não sei, daí sim pode ser que seja...
A contrapartida, segundo o próprio coração, vem dele mesmo... sabe-se água, mas luta feito fogo... renova-se a cada fagulha prá continuar tentando vincar algo mais profundo, notável, visível... já que permanecemos acima do chão, que valha a pena...
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