24.2.11

Durmo e desperto... e sonho...

as pernas
entrelaçadas
coisa que...
não sei explicar

apenas penso
sinto e digo
mas o correto só presumo

o sonho da minha vida
nunca mais
fechar e abrir os olhos

sem ser tu, doce faceira
a última
e a primeira...

23.2.11

Operários

na selva de operários
os grupos vão conversando
bem-te-vis, joões de barro
a passarada dialogando

que será que tanto falam,
se trabalham sem cessar?
vai ver estão se rindo
de mim a observar...

22.2.11

Que coisa, que coisa...

O cheiro da boca
da alma da fala
que me ama...

te beijo sentindo
o gosto que desperta
insano instinto

durante a vida
durmo e acordo
não sinto castigo
suavizo os dias

não vivo
não vivi
agura que sei conjugar
o verbo amar

18.2.11

campo vida

orquídeas, hortênsias
a soja, o milharau
meus olhos alcançando
inclusive o roseiral

o verde das gramíneas
donde brota o abacateiro
a nogueira, ocupada
traz-me sombra
ali parada

17.2.11

Aurora amor

A névoa ergue-se
descortina o sol
as cores

jovem dia lindo
traz na brisa
teu perfume

inspira amores
desajeita elegantemente
teus cabelos morenos
e as flores...